domingo, 22 de janeiro de 2012

Nas estantes da vida...


A cada nova história que surge, a sensação é sempre de que algo novo está para começar. E mais uma vez nos entregamos. Sim, nos entregamos de bandeja, mesmo prometendo para si que desta vez será diferente, sim diferente, pois se já passei por esse caminho, já o conheço não é mesmo?! Não. As coisas não são bem assim. Por mais que tenhamos escrito inúmeras histórias, sempre existirá algo nas entrelinhas capaz de  nos surpreender, de nos derrubar da cadeira. Por mais aparente que sejam as capas, os livros jamais terão os mesmos conteúdos, com isso, é importante que saibamos separar cada livro, em sua estante específica. Organizando nossos livros, teremos um roteiro vital mais organizado, mas não é garantido de que todas as decepções, manchas amarelas, serão apagadas de vez das páginas. Isso seria demais, nenhum de nós tem esse poder. Tal poder muitas vezes é praticado pelo tempo, mas nem sempre o tempo consegue apagar as manchas amareladas, o cheirinho de mofo, porque talvez marcas e odores, são precisos para preencher o nosso roteiro , para podermos olhar pra aquelas estantes, e saber que lá há histórias de sucessos, vitórias, como também insucessos e derrotas, que conseguiram ser superados, e quando não, ainda assim fazem parte do nosso conteúdo, e foi componente de aprendizado em nossas existências. 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Castelo de Areia...





Sei que devo construir, tendo consciência de que uma hora, em algum momento, minha construção será desmoronada. Não adianta que eu grite, chore, esperneie, que eu diga o quão imenso se tornou minha construção, tudo que investi, os momentos em que me dediquei, um dia alguém a derrubará, ou até mesmo por si só. Existem os avisos que as coisas tem fim. Mas é que não esperamos que o fim seja tão próximo do começo.