domingo, 22 de abril de 2012

Domingo



Os Domingos me fazem pensar, eles me põem a refletir. Há ocasiões em que o Domingo me assombra, me enche de pensamentos melancólicos, lembra - me de fatos, coisas, pessoas, que talvez eu não mais quisesse lembrar. Na verdade, Domingos são resistências, Domingos te fazem sentir sozinho, os Domingos são marcos, eles são compridos e largos. Todo Domingo é dia, mas nem todo dia é Domingo. Nos Domingos de solidão, se percebe que a agitada Segunda, é o melhor dia da semana. Sim, o melhor.
Por que os finais de semana são tão esperados, se é no meio da semana que a vida vive?! Domingo é uma pausa de tudo. Pausa para um lanche, apenas aquele lanche que não se come durante a semana. Pausa para um café, um café especial, menos corrido, mais sentido. Pausa para olhar o mar, olhar de maneira profunda, a ponto de sentir a maresia. Pausa para um mega - almoço, um almoço inventado e demorado.
 É apenas no Domingo em que sensação de missão cumprida, e o início de mais uma missão, acordam conosco ao mesmo tempo. Domingo é dia de filme, de brigadeiro, de pipoca, e pra que tem, é dia de gastar dinheiro.
O Domingo é feio, o Domingo é bonito, o Domingo me faz pensar, que eu não penso, eu não existo. 


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mundo Inteligível

Todas as coisas são neutras. Somos nós que damos sentidos a elas. Não só sentidos, como cores. Não só cores, como cheiros. Não só cheiros, como sabores. E dos sabores, extraímos emoções. E nas emoções, esquecemos nossas razões.
Quem pensou nas coisas, pensou de maneira simples, sem intenções, apenas pensou. As coisas são o que são. Elas passam a ser boas ou ruins ao passo de nossas implicações. Implicações que implicam, complicam. O ser humano se pergunta o porquê de tudo, por que as coisas existem, por que as coisas acontecem, por que as coisas não acontecem, por que aparecem, por que fazem sofrer, por que fazem sorrir, por que fazem chorar, por que evitam doenças, por que causam a morte, por que fazem chover... São as perguntas que fazem o mundo viver.
No dia em que as perguntas se esgotarem, não haverá dia, não haverá noite, haverá apenas um vácuo infinito, sem céu, sem terra, sem mar e sem chão, pois o sentido da vida, são as perguntas que movimentam e emitem o procurado “clarão”.