sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Inocência



Entrei num ônibus, e a alguns minutos de meu destino, assisti  a uma bela cena de entre duas crianças.
Do lado esquerdo das fileiras do coletivo, uma menina, com em média cinco anos de idade. Percebi que ela estava conversando com alguém que estava na fileira da direita, onde eu me encontrava. Em sua conversa, ela segurava um livro didático, e conforme passava as páginas, apontava as figuras; em alguns momentos após apontar, ela fazia para a direita um sinal de legal com as mãos; e a brincadeira perdurou durante alguns minutos, só em uma determinada e crucial parada do ônibus, pude perceber que a garotinha estava interagindo com um garotinho – gordinho, bastante fofinho, aparentando quatro anos -  que viajava até a escola –  com seu avô. Ao se levantarem de seus assentos – neto e avô -  o pequenino, respondeu  a um  “ Como você se chama ?!” da menina, com um inocente – e emocionante – “Tchau, vou para escolinha agora, amanhã eu volto pra brincar com você, viu?!” enquanto sorria um sorriso alegre por ter feito uma nova amizade.
Esta cena tão simples, porém grandiosa, é mais um exemplo de como as crianças de hoje, mesmo com tantas influências que desgastam o lado do imaginário “onde tudo pode acontecer”, ainda reservam uma grande carga de inocência e, é esta, que faz desses seres únicos, a esperança de um novo amanhã!  Pequena situação, que me fez sorrir o meu primeiro e mais esplendoroso sorriso do dia. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Deixe-me falar...


Sou uma pessoa confusa, mas dentro das minhas confusões existem certezas inabaláveis, que me guiam e nunca me abandonam. Alguém já disse que minha criatividade sobe ao pico quando estou em momentos críticos da minha vida. O exagero parece tomar conta de mim: mas sim, eu defendo essa minha característica, afinal eu tenho direito de deleitar nas lágrimas cristalinas da minha emoção. Eu quero ser sempre intensa nas coisas que sinto  - sempre ter minha colocação, seja em demasia ou não -  pois o momento, de plena alegria ou de dor, é meu, e isso ninguém – ninguém mesmo -  pode arrancar. O ministério do meu ser adverte: se auto-expressar é um direito de todos.
Apesar de seguir as leis do homem, e as ditaduras da razão, eu não deixo jamais de ouvir meu coração. Existe um ser dentro de mim, que precisa que eu esteja sempre convicta  de que sou importante, e devo agir com coerência em assuntos que envolvem a minha alma, meus sentimentos, meu mundo por inteiro. É questão de assumir um compromisso consigo mesma.
A beleza da vida, não está em entendê-la, mas sim em vivê-la sem pular nenhuma etapa, pois se elas existem, devem ser  vividas, enfrentadas, isso parece um glichê tremendo, mas com certeza faz sentido. Hoje estou aqui, guardando mais algumas recordações de um passado bastante recente, em minha canastra particular, pois o que foi bom, eu guardo, para poder olhar pra trás e ver quão bonita e delicada foi a parte da vida vivida por mim.

Senti, falei...

Eu prefiro a sinceridade, acredito que ela nos economiza de fatos que se omitidos, nos machucariam muito mais, considerando que na maioria dos casos, ela é cruel.
Dá tempo, pode remoer algo que clama por decisões rápidas, que exigem urgência. Às vezes o tempo só piora as coisas. Não quero parecer uma ríspida escrevendo isto sobre o tempo – pois sei que muita gente o considera como o melhor remédio -  isso não passa de uma observação, um pensamento meu. Não quero dizer que esta é minha verdade, quando estou apenas emitindo minha opinião, ou seja, sem compromisso nenhum com a verdade. Essa é minha terapia, meu divã.
 Sinto-me à vontade para dizer o que penso quando estou escrevendo. Sempre começo num assunto e termino em outro, é o que eu chamo de alma em pleno desabafo. Desabafo sem respostas, porém alivia, dando liberdade as palavras que estavam presas, espremidas, loucas para saltar da minha mente de alguma maneira, de qualquer jeito.