Entrei num ônibus, e a alguns minutos de meu destino, assisti a uma bela cena de entre duas crianças.
Do lado esquerdo das fileiras do coletivo, uma menina, com
em média cinco anos de idade. Percebi que ela estava conversando com alguém que
estava na fileira da direita, onde eu me encontrava. Em sua conversa, ela
segurava um livro didático, e conforme passava as páginas, apontava as figuras;
em alguns momentos após apontar, ela fazia para a direita um sinal de legal com
as mãos; e a brincadeira perdurou durante alguns minutos, só em uma determinada
e crucial parada do ônibus, pude perceber que a garotinha estava interagindo
com um garotinho – gordinho, bastante fofinho, aparentando quatro anos - que viajava até a escola – com seu avô. Ao se levantarem de seus
assentos – neto e avô - o pequenino,
respondeu a um “ Como você se chama ?!” da menina, com um
inocente – e emocionante – “Tchau, vou para escolinha agora, amanhã eu volto
pra brincar com você, viu?!” enquanto sorria um sorriso alegre por ter feito
uma nova amizade.
Esta cena tão simples, porém grandiosa, é mais um exemplo de
como as crianças de hoje, mesmo com tantas influências que desgastam o lado do
imaginário “onde tudo pode acontecer”, ainda reservam uma grande carga de
inocência e, é esta, que faz desses seres únicos, a esperança de um novo
amanhã! Pequena situação, que me fez
sorrir o meu primeiro e mais esplendoroso sorriso do dia.
A vida é simples, por isso tão bela. Quem complica somos nós, penso que para darmos um tempero de complexidade... Coisa absolutamente desnecessária, já que depois tentamos desembaraçá-la e entendê-la.
ResponderExcluirPercebe como somos seres contraditórios e complicados?!
Mas quem aprecia a vida de forma plena sabe que ela é, naturalmente, simples.