Já faz um tempo que não escrevo. Já faz um tempo que estou
vivendo o superficial. Já faz um tempo que ando sem coragem de olhar pra si
mesma. Já faz um tempo que não vejo o tempo passar.
Não tenho sentido o aroma do futuro, me parece que o passado
se escorreu entre meus dedos e, mesmo assim não me dei conta.
Não me dei conta de que estou só. Só sinto os vestígios da
solidão quando em lembranças de sorrisos e a inocência de um sentimento bom rememoram
meu coração. Não me dei tempo de sofrer. Fui egoísta. Pulei uma parte que
deveria ser vivida. Eu deveria ter sentido mais. Quis ser forte, fui forte. Mas
deveria ter dado espaço as minhas fraquezas. Então, estou percebendo que ao
tentar ser forte, fui inutilmente fraca.
Descobri que fraqueza é omitir o que estou sentindo, é
abdicar de meus próprios momentos sensíveis. Até quando permitimos não nos
permitir?
Enquanto dizia que não me importava, estava morrendo por
dentro. Eu não sabia a quem pedir ajuda, então decidi não sofrer naquele
momento. Sempre tive dificuldade de demonstrar minhas falhas; nunca tive
coragem, na verdade.
Ultimamente tenho me encontrado com o pensamento longe, mas
um pensamento vazio, sem sentidos.
Talvez o silêncio
seja a resposta do meu corpo, pela acumulação de expressões não expressas, de
súplicas não atendidas.
Então, só.
Penso que isso é mal (ou bem) de quem se joga de cabeça. Entretanto, o que nos interessaria viver sem se jogar por inteira, não é mesmo? Só que isso tem um preço, às vezes bem mais alto que possamos suportar. Mas, como tudo na vida, passa. O que você necessita fazer é aprender com a caminhada. Não só aprender, mas especialmente conservar o que aprendeu., sob o risco de cair na mesma armadilha algumas vezes... Parece que isso também faz parte. [rs]
ResponderExcluirA vida ainda vai lhe dar muitas surpresas, boas ou não tão boas.
Cheiros meus,
Isso, isso mesmo Isabel!
ExcluirBeijos!Saudades!