Não é um beijo. Não são os olhares. Não são as faces. O que nos faz perceber o ar de romance nos filmes são as canções, as leves melodias, a trilha sonora. Uma cena incrível de ósculos não é nada sem um bom fundo musical. Nada mais perfeito que assistir a algo que a música te leva a refletir sobre si, sobre seu momento, sobre sua vida. É inevitável não penetrar na história quando se tem uma chamativa canção-tema dos personagens.
Estas músicas são pensadas para cada situação. Elas precisam ter uma relação, uma semelhança, com seu respectivo personagem, para que a história transcorra naturalmente e imite a vida real. Não que a vida real seja mais interessante. Importante mesmo é levar o espectador a uma vida irreal. Vida de filme: no fim, o bem vence o mal. A mocinha fica com o mocinho. A madrasta perde seus poderes. Pedras filosofais são encontradas. Garotas não terminam com o garoto mais popular da escola, mas se apaixonam pelo seu melhor amigo, que deste sempre era apaixonado por ela e só a tonta não percebia. Céticos passam a acreditar no que antes era inacreditável. A dançarina sonhadora tropeça, mas não cai, e consegue uma bolsa nas melhores escolas de dança da Europa. Segredos são revelados. Amores reencontrados. Empregos conquistados. Órgãos doados. Espetáculos finalizados.
Nessas inúmeras situações, seja no começo, meio ou fim, sempre há o elemento que ilustra, aprofunda e emociona, a musicalidade, a melodia, os sons que amolecem corações e desperta o ser a crer no que está sendo contado.
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